"Onze meses se passaram desde a morte da bela Rosemary Barton. A memória do trágico jantar onde ela se envenenou ainda assombra amigos e familiares que estavam presentes. Os eventos daquela noite se tornam ainda mais misteriosos quando Mr. Barton começa a receber cartas anônimas que indicam que a morte de Rosemary não foi um suicídio, como o relatório da polícia indicava.
Mas quem poderia ter desejado a morte de Rosemary? Um marido traído, uma irmã invejosa, um amante ciumento ou uma esposa em busca de vingança? A única certeza é que nenhuma das pessoas que foram ao jantar naquela noite estava dizendo a verdade."
Título: Um brinde de Cianureto
Autor: Agatha Christie
Editora: HarperCollins
Páginas: 256
Ano: 2021
Resenha📖:
Rosemary era boa, gentil, muito bonita e rica, até o dia de sua morte, ela cometeu suicídio na própria festa de aniversário, após uma forte gripe. O suicídio foi classificado como depressão pós-gripe, mas nenhum dos convidados conseguiu digerir e entender bem o que aconteceu, ela sempre mostrou gostar de viver, sempre muito verdadeira ou era isso que todos pensavam. Rosemary escondia segredos e mesmo sendo uma garota quase inofensiva atraia olhares daqueles que tinham inveja e desprezo por ela.
Iris Marle, irmã de Rosemary, sempre quis ser mais parecida com a irmã, a amava, mas sabia que Rosemary tinha tudo, dinheiro, beleza, roupas, e isso despertava, uma pontada da inveja. Ruth Lessing, secretária do marido de Rosemary, tinha certeza que o homem merecia alguém melhor, talvez até mesmo, ela, dedicada, interessada e focada, não alguém que está somente pensando em festa e tem pouca inteligência. Anthony Browne amigo de Rosemary, desde a época em que ela estava solteira, é um rapaz misterioso, que junto de Rosemary escondem um segredo. Stephen Farraday e Alexandra Farraday, o casal de vizinhos e amigos, parece muito interessado em Rosemary, enquanto Stephen nutre um sentimento de desejo, Alexandra não aprova nada que venha da garota, muito menos a proximidade com o marido. George Barton, marido de Rosemary, é um homem apaixonado e dedicado a esposa, nunca pensou em nada além dela e a morte repentina, faz com que ele se transforme em um homem diferente, soturno e fechado, e quando cartas misteriosas começam a chegar, George começa a se dedicar a um novo foco, talvez Rosemary não tenha se matado, talvez, tudo que aconteceu, foi um crime planejado.
Rosymare, poderia ter sido assassinada?
George Barton passa a trabalhar para descobrir entre os convidados do jantar de aniversário, quem poderia ter cometido tamanha atrocidade, reunindo todos os presentes no dia da morte de Rosemary, em uma nova festa e usando um plano para que o culpado se revele, mas, talvez, as coisas não saiam tão quanto o planejado, ao invés do culpado ser revelado um novo corpo é encontrado, aumentando ainda mais o mistério de quem levaria pessoas tão boas a brindar com cianureto.
A história é narrada de forma linear e é dividida em três partes, na primeira conhecemos um pouco de cada personagem envolvido no caso, cada um deles parece completamente provável de cometer um crime e de estar satisfeito com que a morte de Rosemary levou, na parte dois, temos o aprofundamento em personagens mais específicos, como Iris e George, levando a todo momento a duvidar de cada um dos personagens e perder de vista quem possa ser o assassino, até que, no final dessa partem, acontece o maior inesperado do livro e a motivação para ler se transforme em algo avassalador, a terceira e última parte, acaba sendo a mais maçante, focada em Iris, a inocente e desanimada irmã, tudo se torna longo, o ritmo do livro diminui para tentar criar laços entre o leitor e a protagonista, nem mesmo o romance com o misterioso Anthony, faz com que tudo seja atrativo.
O livro se mantém pela dificuldade de apontar um culpado, pois todos parecem ter culpa real, durante parte do livro acreditei que Iris era a grande culpada, procurando um sentido na personagem, além de ser uma moça indefesa. Assim como os outros livros da Agatha Christie, o final está envolvido por detalhes minuciosos e quase sempre passam despercebidos, as resoluções dos casos moram na interpretação dos personagens, juntando pontos e formando um desfecho inesperado para a história.
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