A obsessão do Bárbaro – Resenha

"Ragnar é conhecido como o Bárbaro, uma lenda que se criou e vem crescendo entre os nativos e nobres. Um selvagem temido por todos, que desconhece limites ou medo. Desde cedo, Ragnar aprendeu a odiar a realeza, o sangue nobre é sua bebida favorita e ele jamais se ajoelhará perante um rei.
Néfeles de Traços foi entregue ao casamento muito cedo, tirada de seu lar, isolada do mundo. Uma princesa que é considerada perfeita aos olhos de todos, a joia digna da realeza. Mas, por trás de toda sua beleza, Néfeles esconde sentimentos de morte, desesperança e um sofrimento do qual não pode ser liberta.
Uma fuga é o suficiente para unir duas vidas completamente diferentes.
A princesa, agora, pertence a Ragnar. Tudo o que Néfeles quer é sua liberdade e irá lutar por ela.
Mas o fogo de Odos tem outros planos e, agora, ela tem sua alma aprisionada a um Bárbaro"

Título: A Obsessão do Bárbaro

Autora: Gisa SR

Páginas: 771

Ano: 2023

Resenha📖:

Ragnar é um exímio guerreiro, as mulheres o rodeiam e os homens querem disputar pela força, mas o que o preocupa são as movimentações vindas de Margianni, o rei Eneu, Abellone de Traços, tem interesse em dominar as terras e fazer de escravos mulheres e crianças.
Abellone de Traços tem três filhos homens
, Tártaro, Abram e Daidalos. Tártaro, o herdeiro do trono, é casado com
Néfeles
, uma princesa roubada por Tártaro, e agora está destinada a ser a rainha de Margianni.

Os caminhos se cruzam quando
Margianni
resolve avançar sobre as terras do Norte e levar prisioneiros,
Ragnar
está determinado a trazer quem foi levado de volta e em meio a esse caos, sua vida se cruza com
Néfeles
, a princesa roubada, ou infeliz, como ele gosta de chamá-la,
Ragnar
acaba levando-a para o norte.

Néfeles
é uma garota assustada, tudo que lembra de sua vida é estar nas torres de
Margianni
ou nas mãos de Tártaro, sofrendo tudo que a de pior no mundo. A garota acha que pode estar correndo perigo estando sobe domínio do bárbaro, mas acredita que nada possa superar os horrores que passou com o marido.
Néfeles
a todo momento quer fugir, a morte parece mais amigável do que permanecer no cruel casamento, a morte parece ser o único caminho para a liberdade, não consegue entender como o destino pode melhorar, tendo ido das mãos de um louco para um bárbaro, indo em direção a um povo de quem ela só escutou as piores e mais sangrentas histórias

Ragnar
não leva jeito com ela, não por ser uma mulher, mas sim, uma lady, uma mulher da realeza. Presos em alto mar, os dois tem a possibilidade de se conhecer um pouco melhor. Na vila de
Ragnar
, as se tornam mais complexas,
Néfeles
é uma forasteira e as pessoas não parecem aceitá-la muito bem, para impedir que algo aconteça,
Ragnar
decide propor um casamento, onde estariam unidos, ela seria respeitada por todos e estaria protegida, porem não teriam uma vida de casados, nem mesmo fidelidade,
Ragnar
deveria a ela.

Porém, cada vez que se aproximam mais,
Néfeles
e
Ragnar
começam a perceber que seus corpos, suas mentes e suas almas, estão completamente ligados e que seus corpos clamam um pelo outro, mas a cada passo que dão em direção um ao outro uma guerra paira mais próxima deles, uma guerra que envolve muito mais que briga por terras e poder, uma guerra que pode tirar tudo da princesa roubada e do bárbaro.

Sendo o segundo livro da série Filhos da Coroa, A obsessão do Bárbaro pode ser lido de forma independente, sem que a história seja afetada. Contando sobre o relacionamento entre
Néfeles
e
Ragnar
, de uma maneira bastante envolvente e cheia de momentos espetaculares. O universo em que se passa a história, é bem amarrado, muito ambicioso e bem assertivo, a introdução feita logo no começo sobre organização territorial e dilemas políticos, faz com que o leitor não perca nada do universo e se sinta localizado na história.

O primeiro fato a se apontar é o sofrimento de
Néfeles
, a autora consegue passar todo o drama da personagem desde estar presa, a ser abusada violentamente, e a intensa vontade de morrer que
Néfeles
apresente, por vezes me peguei concordando que seria o único caminho que a garota poderia encontrar, sendo a morte um caminho ambicioso para a personagem, que não tinha o mínimo de felicidade na vida, presa em um castelo com seus algozes, abandonada pela família, ser chamada de Joia de
Margianni
, parece bem pior do que saltar para a morte.

O segundo fato, é a presença de
Ragnar
, sendo um bárbaro para
Néfeles
, no sentindo principal da palavra, um homem completamente diferente do que ela está acostumada a conhecer, de cultura e costumes diferentes e que por isso, ganha da sociedade o título de violento, desumano e assustador, quando a vida dos dois se cruzam, tudo parece culminar para isso, mas a autora propõe um choque tão suave.
Ragnar
é tudo de bom, forte, destemido, respeitoso e tenta entender todo o dilema que
Néfeles
traz dentro de si, como ninguém é de ferro, hora ou outra ele desliza e acaba sendo um pouco mais duro do que devia, principalmente perto do fim do livro, quis entrar na história e fazê-lo enxergar a própria burrice.

Toda a história é muito bem colocada, trazendo uma lembrança muito forte de As crônicas de gelo e Fogo, onde não foi possível deixar de fazer um paralelo entre o enredo de
Néfeles
e de Sansa
Stark
em A tormenta das espadas. Me agradou muito o relacionamento entre
Néfeles
e
Ragnar
, por ser um amor forte, destemido e acima de tudo respeitoso, os hots me surpreenderam, pois, não estão ali como enredo, a história não depende do cunho sexual, o sexo faz parte do casal e da descoberta de sentimentos, tornando a leitura prazerosa.

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