Titulo: Com Louvor
Autor: Cecily von Ziegesar
Editora: Galera Record
Páginas: 317
Ano: 2011
Resenha📖:
Shipley Gilbert acabou de chegar no campus da Dexter College, onde, assim como Shipley, tudo é muito bonito e pacato. A garota vinda de um colégio para meninas, ainda não está acostumada com a contato com meninos e parece uma coisa muito incerta, dividindo o quarto com Eliza Cheney, uma garota que viu em Dexter a oportunidade de se destacar, Shipley tenta botar o plano que a levou até ali em prática: Deixar de ser a sombra do irmão, Patrick, que estudou em Dexter e mal chegou a cursar algo, pois gloriosamente desapareceu.
Tragedy e Adam são irmãos, ou melhor, Tragedy faz questão de deixar claro que foi adotada pela família de Adam, depois que o pai, um brasileiro que vendia ovelhas para a família, morreu de infarto. Tragedy é bonita e não consegue se conformar com o fato de que Adam, escolheu ir para Dexter College, ao invés de uma faculdade distante do que está acostumado.
Shipley e Elzia se aliam a Tom e Nick, orientando-os da mesma professora e acabam sem querer esbarrando em Adam, mas oque parece uma promissora amizade acaba se esfarelando, Shipley e tom começam a namorar, Nick, se mete cada vez mais com os esquisitos da universidade e Eliza se sente isolada. Tom e Adam acabam fazendo parte da mesma peça, criando uma proximidade minúscula entre os dois, enquanto os projetos de futuros adultos vivem a loucura de Dexter, Tragedy aproveita para ajudar alguém, mais especificadamente um homem, de roupa rasgada, que vive na rua e anda pela cidade lendo A Dialética, chamado Patrick.
Provando que somente uma boa escrita não pode salvar um livro, Com Louvor, entra para o roll de história que deveriam ser uma boa ideia só no rascunho original. A escrita de Cecily von Ziegesar, faz com que a história seja leve de ler e entender, até mesmo gerando entretenimento, quando você não tenta achar um sentido na leitura. Os personagens são clássicos das histórias adolescentes (fazendo jus a época que o livro foi lançado), Shipley é esquisita, genérica e desinteressante, não gera um reconhecimento com o leitor, Adam não tem personalidade, todas às vezes que está presente, parece só existir para adorar Shipley, porque ela é loira e magra, Tom, tem uma proposta interessante, mas se perde facilmente, novamente a autora resume o personagem ao quanto ele deseja sexualmente Shipley, ao quanto ele gosta dela por ser loira, magra e ter um bom corpo, Nick é mimado, porém, mantem um bom ritmo de narrativa, entre fumar maconha e construir seu iurte nos fundos da universidade (e algumas vezes desejar Shipley de maneira sexual, do nada), ele parece ser o único realmente ligado a estudar e mesmo fazendo os piores amigos fora do grupo principal, transmite segurança nos acontecimentos, Eliza é a típica menina diferente das outras, que quer ser notada por não ser tão feminina e não se importar tanto com isso, ela passa a maior parte do livro desgostando Shipley, justamente pela feminilidade e atrair todos a sua volta, mas durante o livro elas conseguem se resolver. Tragedy, irmã de Adam, e a única a ter um décimo de personalidade, faz piadas e reclama da passividade do irmão, sua parte na história é se envolver com Patrick (mendigo/ladrão de carros) e ajudá-lo a sobreviver, fora isso, a adolescente do ensino médio parece mais animada com a Universidade que os próprios universitários.
O livro não tem um grande conflito, a tentativa de fazer a relação familiar de Shipley um problema, não cola, todos são tão sem graça que não dá para sentir pena deles, Shipley não liga que alguém roube o carro dela e o use até a gasolina acabar, não liga se o estranho deixa bilhetes pedindo que ela compre roupas para ele, não liga se existe a possibilidade do irmão desaparecido ser o estranho que rouba o carro, nem mesmo se importa se trai ou não o namorado e ficar dando esperança para Adam.
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